Sempre que eu discuto a crise do IPEA com amigos, vem aquela desculpa de que não se deve perder tempo com isso porque o Pochmann algum dia sai enquanto o IPEA fica. Aí vieram as demissões dos consultores, a recusa do diretor de pesquisa em nomear um editor para a PPE entre os nomes da lista tríplice encaminhada pelo conselho editorial, e as pessoas começaram a achar que a imagem do IPEA pode ficar definitivamente desgastada.
Mas como se diz por aqui, no fundo do poço tem sempre um alçapão. Agora o Picachu e seus amigos resolveram que o IPEA deve ter um mestrado em economia, o que além de desviar a instituição completamente de sua função, gera a suspeita de que, aos moldes do BNDES, o que se deseja no fundo é simplesmente criar mais uma madrastra para doutrinar estudantes (em particular gestores) em suas teorias malucas. E o que é pior: tudo foi discutido à revelia dos técnicos da instituição e comunicado recentemente para ser implementado já no próximo ano.
Não tenho dúvidas de que faltam no Brasil escolas de políticas públicas comprometidas com formulação e avaliação constante de projetos propostos pelo Estado. O problema é que da forma como as coisas são feitas, me parece que este é o último objetivo desta proposta. Nunca é demais lembrar que o governo federal já dispõe da Escola Nacional de Administração Pública e da Escola de Administração Fazendária, e que o mínimo que deveria ser feito num caso desses seria ter ouvido quem de fato entende de políticas públicas na elaboração do projeto.
Mas como se diz por aqui, no fundo do poço tem sempre um alçapão. Agora o Picachu e seus amigos resolveram que o IPEA deve ter um mestrado em economia, o que além de desviar a instituição completamente de sua função, gera a suspeita de que, aos moldes do BNDES, o que se deseja no fundo é simplesmente criar mais uma madrastra para doutrinar estudantes (em particular gestores) em suas teorias malucas. E o que é pior: tudo foi discutido à revelia dos técnicos da instituição e comunicado recentemente para ser implementado já no próximo ano.
Não tenho dúvidas de que faltam no Brasil escolas de políticas públicas comprometidas com formulação e avaliação constante de projetos propostos pelo Estado. O problema é que da forma como as coisas são feitas, me parece que este é o último objetivo desta proposta. Nunca é demais lembrar que o governo federal já dispõe da Escola Nacional de Administração Pública e da Escola de Administração Fazendária, e que o mínimo que deveria ser feito num caso desses seria ter ouvido quem de fato entende de políticas públicas na elaboração do projeto.
2 comentários:
Creio que o Picachu não quer ser obstaculizado. Logo, é melhor não perguntar a ninguém. A independência de gestão é louvável, mas não creio que o sujeito em questão tenha metas a cumprir ou rua. Por isso, o conceito de independência de gestão só se aplica a quem tem espírito público. Será esse o caso?
Como eu disse: se o senhor tem dúvidas acho que eu definitivamente deveria propor o nome dele para dirigir a EAESP. Quem sabe ele não convence seu co-autor a passar uns tempos visitando o departamento?
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