Em 12/12/2007, na Veja, à página 15, o ministro Guido Mantega diz:
“Minha geração de economistas foi formada no pensamento cepalino. Isso foi válido para determinado período, mas a globalização revolucionou todos os princípios econômicos. Aquela história de reserva de mercado, de protecionismo, que eu mesmo defendi, hoje não vale nada [...] Com o câmbio valorizado os empresários brasileiros descobriram que podem importar máquinas e insumos mais baratos. Em geral, nós, economistas, tendemos a ter padrões de pensamento voltados para o passado, como se a economia fosse a mesma de dez, quinze ou vinte anos atrás. Mas não é. A economia é outra.”
Pelos dizeres, é auspicioso que os heterodoxos (não os economistas), discutivelmente sintetizados no ministro Guido, tenham percebido a honestidade dos princípios econômicos há muito defendidos pelos ortodoxos (sim os economistas). Frustrante é não reconhecer que o atraso do Brasil se dá justamente pela aplicação dos mesmos princípios cepalinos que verdadeiramente nunca valeram e continuam vigindo, via estatais e BNDES por exemplo.
Sobre o câmbio valorizado, não foram os empresários brasileiros que descobriram poder importar máquinas, pois é claro que sempre souberam disso, e sim os heterodoxos.
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