Obs.: Veja o que é Regra de Taylor primeiro.
Senso Comum
Usando a Regra de Taylor para caracterizar a política monetária norte-americana, chegam-se, invariavelmente, a duas conclusões:
1. Antes de Paul Volcker tornar-se presidente do banco central americano em 1979, a política monetária norte-americana era instável;
2. Depois do Volcker, tornou-se estável.
Essa conclusão se demonstra calculando-se a resposta dos juros à inflação futura antes e depois do Volcker. Conclui-se que, antes, a resposta é menor do que 1; depois, maior do que 1.
O senso comum parece ter sentido, principalmente porque a inflação no período Greenspan foi muito baixa e o excesso (ou retração) da atividade econômica eram muitos baixo. Se a inflação estava controlada, o princípio de Taylor se aplica.
Inúmeros trabalhos chegam à mesma conclusão, inclusive alguns dizendo que a inflação americana antes do Volcker era estável também.
Problemas
Em minha tese, identifiquei dois problemas comuns a todos os trabalhos anteriores.
1. A data de quebra amostral em 1979 era arbitrária (explico melhor depois);
2. Para estimar a regra, é preciso ter o excesso de atividade, mas a atividade potencial não é observada. Trata-se, entretanto, de uma variável muito importante a determinar a magnitude dos coeficientes dessa regra, ou seja, a resposta dos juros à inflação e ao excesso de atividade. Os outros trabalhos usavam alguma metodologia para obter essa variável e a traziam para a regra exogenamente.
Evidência
Fiz dois exercícios simples. No primeiro, expando a amostra de outros trabalhos para abranger os períodos presidenciais do Volcker e do Greenspans. A resposta a inflação parece ser ainda maior que já havia sido calculado.
No segundo, deslizo a quebra amostral para o ínício do Greenspan. E obtenho resultados totalmente inesperados. Tudo se esvai. Antes de Greenspan, a resposta à inflação é menor do que a proporção um para um. Tudo bem, o período anterior ao Volcker pode estar conduzindo os resultados. Depois do Greenspan, a resposta à inflação cai drasticamente, chegando a ser até negativa, estatisticamente menor do que um em alguns casos, e, normalmente, é um coeficiente bastante volátil.
Conclusões Parciais
1. A data de quebra é fundamental.
2. Algo aconteceu na gestão Greenspan.
3. É a puxada da taxa de juros no período Volcker, época do segundo choque do petróleo, que está "viesando" o coeficiente da inflação para ser maior do que 1.
Senso Comum
Usando a Regra de Taylor para caracterizar a política monetária norte-americana, chegam-se, invariavelmente, a duas conclusões:
1. Antes de Paul Volcker tornar-se presidente do banco central americano em 1979, a política monetária norte-americana era instável;
2. Depois do Volcker, tornou-se estável.
Essa conclusão se demonstra calculando-se a resposta dos juros à inflação futura antes e depois do Volcker. Conclui-se que, antes, a resposta é menor do que 1; depois, maior do que 1.
O senso comum parece ter sentido, principalmente porque a inflação no período Greenspan foi muito baixa e o excesso (ou retração) da atividade econômica eram muitos baixo. Se a inflação estava controlada, o princípio de Taylor se aplica.
Inúmeros trabalhos chegam à mesma conclusão, inclusive alguns dizendo que a inflação americana antes do Volcker era estável também.
Problemas
Em minha tese, identifiquei dois problemas comuns a todos os trabalhos anteriores.
1. A data de quebra amostral em 1979 era arbitrária (explico melhor depois);
2. Para estimar a regra, é preciso ter o excesso de atividade, mas a atividade potencial não é observada. Trata-se, entretanto, de uma variável muito importante a determinar a magnitude dos coeficientes dessa regra, ou seja, a resposta dos juros à inflação e ao excesso de atividade. Os outros trabalhos usavam alguma metodologia para obter essa variável e a traziam para a regra exogenamente.
Evidência
Fiz dois exercícios simples. No primeiro, expando a amostra de outros trabalhos para abranger os períodos presidenciais do Volcker e do Greenspans. A resposta a inflação parece ser ainda maior que já havia sido calculado.
No segundo, deslizo a quebra amostral para o ínício do Greenspan. E obtenho resultados totalmente inesperados. Tudo se esvai. Antes de Greenspan, a resposta à inflação é menor do que a proporção um para um. Tudo bem, o período anterior ao Volcker pode estar conduzindo os resultados. Depois do Greenspan, a resposta à inflação cai drasticamente, chegando a ser até negativa, estatisticamente menor do que um em alguns casos, e, normalmente, é um coeficiente bastante volátil.
Conclusões Parciais
1. A data de quebra é fundamental.
2. Algo aconteceu na gestão Greenspan.
3. É a puxada da taxa de juros no período Volcker, época do segundo choque do petróleo, que está "viesando" o coeficiente da inflação para ser maior do que 1.
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