Os elefantes congoleses estavam ameaçados de extinção. Eram caçados para serem-lhes extraídos o marfim. Solução congolesa: fizeram um cace-e-pague... privado. Resultado: a população de elefantes tem aumentado sistematicamente. Por quê? Ora, não havia direitos de propriedade bem estabelecidos antes, e o governo era incompentente para fiscalizar e coibir a caça indiscriminada.
A discussão sobre a Amazônia é análoga. Há desmatamento porque o governo, apesar dos recordes em arrecadação, é absolutamente incompetente para fiscalizar e coibir o desmatamento. Qual é a solução? Dividir a Amazônia em lotes, de forma a permitir a exploração "sustentada" das riquezas locais pela iniciativa privada. Será muito mais fácil de fiscalizar, até porque haverá a quem responsabilizar pelo descumprimentos das metas de reflorestamento.
Duas observações finais: a proposta não tem nada de novidade, nem de gênio, mas ninguém se atreve a discutir essa solução, a qual já se provou eficaz. Por que ninguém discute essa solução? Deve ser questão se "soberania nacional" (ou incompetência nacional, pode escolher).
A última observação é que o problema de exploração racional é uma elaboração de um problema clássico de programação dinâmica chamado de cutting-tree, cuja solução já é mais que conhecida. Logo, o pecado não é desmatar em si, mas não reflorestar... por falta de definição de direitos de propriedade, em suma.
2 comentários:
Muito bom cidadão. Vou em breve postar o poema do Mitológico sobre teorema de Coase em sua homenagem.
Estou aguardando o tal poema mitológico. Será paquidérmico?
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